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Assim nasceu o Papangu
Durante muito tempo o município de Bezerros se apoderou de registros inacabados acerca da história do papangu. Eram evidências, lembranças de carnavalescos e relatos sem precisão e respaldo histórico, fator que ocasionou o cultivo de uma cultura fragmentada e de uma versão inconclusa.
Encontra-se nos registros da cidade uma nova versão do papangu evidenciada pela cultura oral, a de que escravos em nosso município (ainda temos hoje, remanescentes de quilombos) percebendo que no entrudo (carnaval), mascarados tinham livre acesso a Casa Grande, atreviam-se adentrar nos lares dos seus senhores sem serem reconhecidos e almejando por eles serem servidos, pois se descobertos seriam julgados talvez sem complacências. Foi então que surgiu o personagem mascarado, cheio de panos, roupas sobrepostas e máscaras que penetravam sobre suas cabeças sem deixar aparecer nenhum sinal da cor, sem a possibilidade de identificar olhos ou lábios, característicos da raça. Meias nas mãos e nos pés e até saltos que lhes camuflassem a altura foram também artifícios utilizados. Eles usufruíam servidos com carnes e de fartas bebidas, chamando atenção de todos pelo apetite desmedido dos papa-angus. Hoje o nosso "papangu" é referencial da cultura de Bezerros-PE. Portanto, tornou-se um ser sem identidade, sem sexo, sem cor, sem estado civil, livre, o que faz dele um personagem inusitado.
No final do século XIX e início do século XX surgem os primeiros papangus, mas se torna marco no ano de 1905, com a criação das primeiras máscaras. As máscaras eram rudimentares, feitas com papel de embrulhar charque e papelão.O açafrão e as folhas de fava eram utilizadas para dar pigmentação e o carvão para controlar as feições dos mascarados.Passado o tempo surgem máscaras feitas de coité, coloridas com um pó preto e alvaiade (tinta branca utilizada em sapatos).
O papangu tradicional pode ser reconhecido pelas suas famosas caftas (tecido costurado nas laterais e com pequenos orifícios nos olhos, boca e nariz).Os artesãos e carnavalescos foram aperfeiçoando as máscaras e vestimentas, ficando a confecção do figurino característico do papangu por conta da criatividade e irreverência do folião.
A fundação primordial da cultura bezerrense é fazer com o que o Carnaval da Folia do Papangu possa enaltecer o município através do diferencial papangu - preservando e resgatando as tradições da nossa terra.
FONTE: CARNAVAL DE BEZERROS
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